Prof° Denardin: Revendo o ano de 2015
- Jornal Canudos

- 7 de ago. de 2015
- 3 min de leitura

Com o País mergulhado na maior crise dos últimos cinquenta anos, fui rever o que havia escrito e publicado nesta coluna no final do ano passado par ver se o que ali já vislumbrávamos está dentro do cenário atual, e por incrível que pareça está retratado exatamente o que ali prevíamos e que vou transcrever novamente.
Para isso temos que verificar alguns dados do ano anterior cuja tendência deve permanecer como alta da inflação, queda na produção industrial, aumento na taxa de juros, aumento do desemprego, perda de poder aquisitivo, endividamento crescente e por aí vai.
Um fato que afeta profundamente nossa região é a queda na exportação de calçados em 25%, sobre o ano de 2014 que não foi um bom ano para exportação de calçados.
Mas por que isso aconteceu? Não é só o problema de a China vir ocupando o que era nosso espaço no mercado internacional antigamente. É o problema de um dólar valorizado artificialmente e, principalmente, um custo Brasil extremamente alto como impostos indiretos, portos e estradas insuficientes e mal cuidadas, uma burocracia dos diabos, etc. Então, como nada foi feito para melhorar os aspectos citados, com certeza este também será um ano ruim para a exportação de calçados.
Outros dois aspectos que estão afetando a economia enormemente, bem como a vida de cada um de nós, são a inflação que não para de subir solapando o poder de consumo de todos, e as taxas de juros praticadas pelos bancos que também não para de subir. Isso quando deveriam estar caindo para possibilitar o reerguimento das empresas e das pessoas físicas, pelo menos financeiramente, já que o moral da nação está muito baixo em função de continuarmos a ter um governo sabidamente corrupto, pois a cada dia um novo escândalo é noticiado pela imprensa. Com isso tudo, a tendência este ano é de que a inflação seja maior da que no ano que passou e a taxa de juros cresça ainda mais pelo menos no primeiro semestre.
Somando todos os fatores, a produção industrial deve continuar caindo causando um aumento no desemprego que é a sua consequência. A propósito desse tema falamos com três empresários paulistas que estão se preparando para fechar suas indústrias e se transferirem para o exterior, o que é bem sintomático da situação atual da indústria. Portanto, as perspectivas da indústria e do emprego são também de queda.
Quanto ao endividamento, a chamada Dívida Interna, causadora de todo este descompasso econômico, nunca esteve tão alta, ultrapassando os três trilhões de reais, correspondendo a dez vezes mais desde o início do plano real. Dinheiro este que está sendo usado pelos chamados planos sociais do governo, e empréstimos a países como Cuba, e isso vai continuar sem uma correspondente fonte de receita que só viria através de aumento de impostos, o que ninguém suporta mais. Portanto aqui está a causa de todo o resto, o governo emite papéis, pega dinheiro com os bancos e aplica em atividades sem retorno. Isso causa aumento da inflação, pois tem mais dinheiro no mercado, aumento dos preços, aumento nos juros bancários com aumento dos insumos, queda na produção industrial e consequente desemprego. E o pior é que isso vai continuar, pois o governo não tendo dinheiro pra pagar suas dívidas vai emitir novos títulos para poder rolar a dívida antiga.
Agora, durma-se com um barulho destes, sonhando sempre que as coisas vão melhorar.












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