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Battisti: Comportamento materialista

  • Coluna
  • 5 de ago. de 2015
  • 2 min de leitura

Toda criatura humana, por menos dotada seja de inteligência, sabedoria e cultura, vive em função de algo ou de alguém. Sempre vive em função de metas ou objetivos que possam justificar o seu esforço, o seu trabalho, a sua luta... Assim, todos nós possuímos uma determinada escala de valores através da qual elegemos o que consideramos essencial ou secundário. A formação dessa escala de valores dependerá da ótica em que se coloca a criatura humana. Dependendo do ponto de vista que adote, terá ela, este ou aquele, esta ou aquela motivação para lutar e viver.

Os conhecidos ou denominados homens fisiológicos são aqueles que, por enquanto, se encontram em uma consciência de sono. São descritos por Izaías Claro em sua obra – “Depressão – causas, consequências e tratamento”, como: aqueles em que há uma total ausência de idealismo, e as atividades do ser estão reduzidas praticamente aos automatismos da natureza fisiológica (manifestações instintivas, respiração, assimilação sem o real conhecimento das ocorrências). O individuo dorme, come, procria, ausente dos procedimentos da lógica e da razão. Poderíamos denominar este como um estado de sono sem sonhos.

Como consequência da influência desse estado evolutivo, encontramos no mundo uma cultura materialista, que prima pela massificação, levando a criatura a perder sua identidade natural. Massificado e com sua identidade desnaturada, viverá assim o homem: sem objetivos nobres; aferrado a metas imediatas; preocupado com as necessidades comuns; acomodado aos padrões absorventes do cotidiano; sem encontrar solução para os estados conflitivos da personalidade, tornando-se um homem vazio, sem viver as emoções que dão beleza e significado à dignidade de ser consciente; agrupar-se-á com outros que sofrem da mesma enfermidade; comprazer-se-á com conversações banais e promíscuas.

O homem vazio não consegue amar, porque não apreendeu a viver esta faculdade, base do comportamento do ser livre. Adaptou-se a ser amado ou disputado, sem preocupação de retribuir.

Os homens vazios disputam homenagens e guerreiam-se entre sorrisos, no desfile do luxo e do exibicionismo, nos quais escondem os conflitos e as profundas necessidades. Tal conduta leva-os à melancolia, a depressão ou a lamentáveis estados de irritabilidade, de mau-humor, que os tornam rudes, insuportáveis na intimidade - embora considerados sociáveis e educados. Esta ambiguidade no comportamento culmina com a instalação de neuroses que se agravam desestruturando-os a médio prazo.

O homem acumula vácuo, porque se sente impotente para alcançar plenitude. Acostumando-se a competição nos negócios, nos relacionamentos espera ser o primeiro, o mais considerado. Se consegue, esvazia-se de imediato. Quando não o consegue, frustra-se, perdendo da mesma forma.

O que nos cabe, diante do acima exposto, é procurar nos conhecer melhor, nos amar, escolhendo valores que possam nos trazer paz interna, alegrias e felicidade nas coisas simples, espelhando-nos na figura do nosso mestre maior Jesus, onde não abriu jamais mão da simplicidade com amor.

Mas como vamos conseguir? Acreditamos particularmente, pelo que aprendemos com a Doutrina Espírita, que seja pelo estudo, pelo conhecimento, valorizando a vida com objetivos morais e espirituais, considerando as outras questões também importantes, porém secundárias para a nossa vida.

Convite: Sexta-feira, no Teatro M. Paschoal Carlos Magno - 20 horas Allan Kardec – Um olhar para a eternidade – Direção Ana Rosa – Não perca.

 
 
 

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