Francisco Battisti - Por que as enchentes, tufões, furacões, etc.?
- Coluna
- 27 de jul. de 2015
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Allan Kardec perguntou aos espíritos: "com que fim fere Deus a humanidade por meio de flagelos destruidores?". Os espíritos responderam: "para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do nosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos." (questão 737)
Há uma ordenação divina no Universo. Deus a tudo prevê e provê, atendendo às necessidades evolutivas de seus filhos. Nada ocorre por acaso. Os próprios espíritos, os seres inteligentes da criação que povoam o universo fora do mundo material, segundo a definição expressa na questão nº 76, de "O Livro dos Espíritos", participam dessa ordenação, num sistema hierárquico determinado exclusivamente pelo merecimento. Quanto mais evoluídos, mais complexas e importantes as suas tarefas.
Espíritos puros e perfeitos são promovidos a prepostos do Criador, com largas responsabilidades que envolvem o progresso de imensas coletividades, orientando-as em experiências compatíveis com suas necessidades evolutivas.
Sabe-se que as manchas solares, detectadas por sofisticado instrumental científico, fruto de explosões atômicas que ocorrem no astro-rei, são responsáveis por múltiplos fenômenos climáticos terrestres e não raro promovem flagelos, como tufões, tempestades, enchentes... Seriam casuais? Para o materialista, certamente. Mas o religioso, que concebe a onisciência e onipotência de Deus, não pode desenvolver semelhante raciocínio, que equivaleria ao reconhecimento de que a natureza escapa ao comando divino. Admitindo, portanto, que o Criador controla os fenômenos naturais. Os flagelos decorrentes beneficiam fisicamente o planeta, sobretudo, impõem um agitar das consciências humanas, tanto para aqueles que desencarnam em circunstâncias dolorosas e traumáticas, quanto para os que colhem as consequências da devastação ocasionada. Experiências assim representam a oportunidade de resgate de seus débitos, ao mesmo tempo em que fazem sua iniciação à solidariedade.
A Lei de Destruição funciona, também, para conter os impulsos desajustados da criatura humana (com a natureza, com o corpo físico, etc.).
Não é preciso grande esforço de raciocínio para perceber que a AIDS, a síndrome de insuficiência imunológica adquirida, representa uma resposta da natureza aos abusos cometidos pelo homem nos domínios do sexo, a partir da decantada liberdade sexual, na década de sessenta. A AIDS vem impondo ao homem disciplinas às quais não se submeteria em circunstâncias normais. O mal terrível e assustador ajudá-lo-á a compreender que é preciso respeitar o sexo, que podemos exercitá-lo com liberdade, desde que não resvalemos para a liberalidade e muito menos para a licenciosidade.
Sexo sem compromisso, sem responsabilidade, é mera semeadura de frustrações e comprometimento com o vício, resultando em inevitável colheita de desajustes e sofrimentos.
Oportuno recordar que determinados surtos de progresso para a humanidade são marcados por flagelos terríveis. Exemplo típico foi a Peste Negra, no século XIV, enfermidade mortal que eliminava suas vítimas em poucos dias. Disseminada pelo Oriente e pela Europa, exterminou perto de vinte e cinco milhões de pessoas, em plena Idade Média, um período de obscurantismo, em que a civilização parecia imersa em trevas. No entanto, após a Peste Negra, floresceu o Renascimento, um abençoado sopro de renovação cultural e artística, como o alvorecer de radioso dia precedido de devastadora tempestade noturna. (Richard Simonetti)
Fonte:
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/2010/01/por-que-as-enchentes-tufoes-furacoes.html
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