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Prof° Denardin: Quando a crise financeira afeta o casamento

  • Coluna
  • 16 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura

Quando a capacidade de ouvir o outro é anulada, uma relação não tem outro caminho a não ser o fracasso. Quando um casal está enfrentando uma crise, como é possível recuperar a capacidade de diálogo? Em um momento em que as duas partes não conseguem abrir os horizontes, presos à tensão criada ali, talvez a melhor saída seja o auxílio de um mediador de conflitos. Seja para superar a crise e fortalecer a relação ou optar pela separação – mas de modo que os dois lados saiam satisfeitos – a presença de uma terceira pessoa neutra pode ser a chave para a solução de muitos problemas críticos, como é o caso de uma crise financeira no casamento.


A questão financeira é um problema recorrente entre casais. Quando há dinheiro, não há problema. Os dois vão levando a vida tranquilamente. O problema aparece quando falta dinheiro ou acontece alguma transformação muito grande na vida do casal. As dívidas acumulam, os problemas vão virando bolas de neve e o casal não conversa.


O peso das questões financeiras poderia ser amenizado se os casais estabelecessem combinados em relação ao dinheiro antes do surgimento do problema, mas o fato é que este diálogo sobre finanças não existe em grande parte dos relacionamentos. Alguns temas são difíceis de conversar e este é um deles. Sem o diálogo, começam a surgir às suposições e as queixas. Um reclama que o outro está falando que os custos estão altos, mas acabou de comprar um carro. As insatisfações vão surgindo sem que o problema seja conversado.


Os conflitos surgem não só quando aparece um problema financeiro grave, como o desemprego ou queda brusca no faturamento, mas também quando alguma grande mudança acontece na família. A chegada de um filho, por exemplo, muda tudo. São mais custos, mais comida, de repente a contratação de alguém para ajudar. Se tudo isso acontece sem conversa, o conflito aparece.



A crise já chegou, e agora?


Quando uma crise surge, a primeira coisa a ser abalada é a capacidade de comunicação. A ajuda de um profissional capaz de entrar de maneira neutra nas questões problemáticas entre o casal pode ser a saída para encontrar uma solução boa para os dois lados. Dou o exemplo de uma pessoa que conheço que afirma que já casou várias vezes com o mesmo marido. Em cada conflito, eles foram a fundo para resolver o problema e construir uma nova relação.


Em muitas situações, ainda que o casal esteja decidido pela separação, a mediação pode ajudar para que isso ocorra de uma maneira mais equilibrada, com as duas partes saindo satisfeitas.


O segredo para as soluções pacíficas e positivas para os dois lados é reativar a capacidade de ouvir o outro lado, ou seja, adotar uma postura menos defensiva. Durante o processo de mediação, a especialista ressalta que quando uma pessoa do casal fala, a outra não pode interromper de forma alguma. Ainda que tenha a reação de retrucar, ela se contem e anota o que quer em uma prancheta e só se manifesta quando o outro já terminou de falar. A intenção do processo também é resolver os problemas com objetividade, sendo assim, os problemas são tratados em um intervalo de seis a dez encontros com o mediador.


 
 
 

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