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Plano Energético do RS foi discutido em Novo Hamburgo

  • Foto do escritor: Jornal Canudos
    Jornal Canudos
  • 14 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

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A Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul está preparando um planejamento estratégico sobre a energia no Estado. O objetivo é identificar as deficiências energéticas, explorar possibilidades e, principalmente, saber o que será necessário para evitar que a crise energética afete os gaúchos. Uma das ações do Plano Energético do Rio Grande do Sul é ouvir as realidades locais. Por isso, Novo Hamburgo recebeu na segunda-feira, dia 6, a comitiva para debater o plano com a comunidade da região.


Na Câmara de Vereadores, o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, presidiu os trabalhos, que tiveram a apresentação de uma análise da realidade atual do setor energético e um momento para debates. Além de Redecker, compuseram a mesa o presidente da Câmara de Novo Hamburgo, Enfermeiro Vilmar (PR), o prefeito de Santa Maria do Herval, Rodrigo Fritzen, Gabriel Grabowski, representando a Feevale, Alessandra Kozlowski, da AES Sul, Flávio Soares, diretor da Sulgás, e o diretor administrativo CEE, Leonardo Hoff.


Redecker contou que, juntamente com sua equipe, está visitando diversos locais do Estado para construir um plano para os 10 próximos anos. Segundo ele, a capacidade eólica do Rio Grande do Sul é uma das maiores do Brasil, e 90% das reservas brasileiras do carvão estão aqui. É preciso, contudo, analisar as necessidades específicas e os caminhos para supri-las.


O secretário ressaltou ainda o trabalho em parceria com outras secretarias de Estado, na construção de um programa para levar energia trifásica ao campo. Quanto ao uso da biomassa, informou que a Sulgás está com chamada pública aberta para a compra de biometano por um prazo de até 20 anos, fato inédito no país e que também beneficia os agricultores, pois vai permitir a eles transformar em energia os dejetos resultantes da atividade agrícola.


Redecker afirmou que está trabalhando em sintonia com a secretária Ana Pelini e fazendo um acompanhamento semanal das licenças ambientais de empreendimentos relacionados à geração de energia e que tem a expectativa de uma maior celeridade nos procedimentos com a inauguração de um espaço junto a Sema, onde o investidor poderá acompanhar o andamento das licenças solicitadas.


José Francisco Braga, engenheiro da pasta, explicou detalhes do plano. Entre seus objetivos, estão: propor a utilização de insumos de forma regionalizada; propor um programa de conservação de energia; e estabelecer propostas comprometidas com a incorporação de novas tecnologias. Um dos desafios atuais é manter a estabilidade do sistema, assim como manter o risco controlado e a integração com o Mercosul.


Braga também apresentou detalhes do quadro energético do RS, onde 60% da demanda fica entre Caxias do Sul e Porto Alegre. “O Estado tem de dar oportunidade para outras regiões crescerem.” O engenheiro ainda destacou o grande potencial da utilização da energia solar e da biomassa.


A representante da AES Sul, Alessandra Kozlowski, disse que a empresa, como concessionária responsável pelo abastecimento nas duas regiões, tem o dever de apoiar a iniciativa do Plano Energético. “Nosso papel é ser parceiro nesse planejamento e na sua execução, pois há muito que ser pensado e organizado no setor energético”, disse ela.


Por parte da Sulgás, manifestou-se o diretor Flávio Soares. Até 2020, disse ele, a empresa pretende expandir o consumo de gás natural no RS, ampliar os investimentos em GNL e introduzir a comercialização do biometano no interior do Estado. Neste aspecto, citou a chamada pública aberta para a compra de biometano por um prazo de 20 anos, iniciativa esta que é pioneira no Brasil. Afirmou ainda que há um projeto em andamento para ampliação da distribuição de gás residencial em Novo Hamburgo.


A CEEE esteve representada pelo diretor Administrativo, Leonardo Hoff. Ele afirmou que o debate sobre energia é um tema da maior relevância para a região, que sofreu muito com a falta de luz no começo de 2014. Com relação a CEEE, declarou que a direção e a Secretaria de Minas e Energia estão empenhados na recuperação da empresa, “para que ela seja efetivamente pública mas, principalmente, eficiente.


Precisamos salvar a CEEE daquela realidade que vive, pois quem paga a conta é toda a sociedade”, afirmou Hoff.


Para finalizar, Redecker falou sobre a importância de se poupar energia e de se fazer a manutenção preventiva na rede. Ele salientou, ainda, que está estudando uma forma de viabilizar a energia solar, alterando a forma de tributação.


 
 
 

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