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Se essa praça fosse minha: Praça Pedro Alles, a “Dimello”

  • Foto do escritor: Jornal Canudos
    Jornal Canudos
  • 8 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

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Se na semana passada o Jornal Canudos mostrou a realidade da Praça da Juventude, umas das mais estruturadas e bem preservadas da cidade, essa semana mostramos uma realidade completamente inversa. A Praça Pedro Alles, na Avenida Nicolau Becker, popularmente conhecida como Dimello, é uma das que mais necessitam cuidados e reparos urgentemente. O nome foi dado pela comunidade, pois Dimello era uma loja que vendia tapetes bem em frente, e era referência para se chegar à praça.


Quem foi Pedro Alles?


Natural de Santa Maria do Herval, Pedro Alles (1888-1975) veio morar em Novo Hamburgo em 1894. Em Porto Alegre, foi “guarda-livros” em uma firma, e com o dinheiro que arrecado, abriu um atelier fotográfico. Percebendo que os clientes gostavam de colocar molduras nos quadros, Pedro viu nisso um bom negócio. Resolveu então viajar para a Alemanha, em 1910, a fim de aprender a técnica de fazer moldura. Lá, empregou-se numa fábrica especializada nessa atividade, aprendeu a profissão e, de volta ao Brasil, instalou em Novo Hamburgo uma importante fábrica de molduras, pioneira no País. A fábrica cresceu rapidamente, passando seus produtos a serem exportados para vários países. (trecho do livro “Ruas e Praças Novo Hamburgo Quem é Quem – 3ª edição, revisada e ampliada – Paulo Henrique Kern, 2014).


Estrutura


De todas as praças visitadas durante a série de reportagens sobre os espaços de lazer de Novo Hamburgo, sem dúvida a Dimello é a mais carente de cuidados. Não há praça de brinquedos ou opções de atividades. Também não há bancos e a única lixeira é um tonel levado pelos skatistas. A opção de lazer é o campo de futebol, que tem a grama bem aparada. Além disso, em dias de chuva a praça vira um atoleiro, e caminhar por ela se torna uma missão quase impossível.


Pista de skate


Inaugurada em 2007, no mandato do prefeito Jair Foscarini, a pista de skate era uma reivindicação de mais de 10 anos da Associação de Skatistas de Novo Hamburgo. Porém, com o tempo, o espaço foi deteriorando. Assim, os praticantes de skate, BMX (uma bicicleta especial para manobras) e roller, reivindicaram por anos a reforma e melhorias na pista. Porém, cansados de esperar, conseguiram doações e fizeram as modificações, com autorização da Prefeitura, por conta própria.


Lixo

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O lixo é considerado pelos usuários um dos maiores problemas da praça. De um lado da pista de skate, uma pilha de restos de poda é logo percebida por quem acessa a praça. Do outro lado, entre a pista e o campo de futebol, muito lixo espalhado. Nas partes superiores da praça, a situação se repete.


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Cansado de esperar a limpeza da área pela Prefeitura, os proprietários do restaurante instalado na praça fazem a manutenção regular do espaço, cortando a grama e retirando o lixo. Mas para Joelber de Freitas, que trabalha há dois anos no local, a situação é complicada. “O corte da grama é feito umas duas vezes por ano. A limpeza também acontece poucas vezes, então a gente mesmo faz”, explica.


Segundo o funcionário, o local serve de abrigo para inúmeros moradores de rua, que utilizam a praça para fazer seus alimentos, higiene e até para passar a noite. Porém, sempre que isso acontece, os restos de alimentos ficam espalhados, bem como colchões e cobertas.

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Uma das reclamações também é quanto à iluminação. “Só tem iluminação ao redor da Praça. Pra cima, nenhum poste funciona. Na parada de ônibus (em frente à Praça) também não tem, e volta e meia vem alguém até aqui pedindo pra usar o telefone porque foi assaltado”, reclama.


Joelber conta ainda que os skatistas costumam ir até o restaurante, por não há água ou banheiros para eles. “A gente ajuda no que pode, mas as vezes estamos trabalhando e é complicado. A Prefeitura podia construir banheiros para eles”, sugeriu.

 
 
 

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