Prefeitura diz que fiscalização ao Hospital foi “atentado à saúde pública”
- Na sexta-feira, dia 26
- 6 de jul. de 2015
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Na manhã de sexta-feira, dia 26, diversas entidades ligadas à saúde, juntamente com a promotora Roberta Fava, do Ministério Público, estiveram no Hospital Municipal para a realização de uma fiscalização. Entre as entidades, estavam a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, Conselho Regional de Enfermagem do RS e Comissão de Fiscalização do Conselho Estadual de Saúde.
No intuito de verificar a situação da casa de saúde, os fiscais visitaram as instalações de diversas alas do Hospital. A situação, porém, não agradou em nada a administração municipal. No mesmo dia, a Prefeitura divulgou nota oficial afirmando que a fiscalização é um processo “perigoso e desrespeitoso”.
A nota ainda afirma que o grupo entrou em diversas instalações da casa de saúde, “inclusive em áreas delicadas e que necessitam de cuidados específicos, como alas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, laboratório municipal e tentativa de ingresso na UTI Neonatal”. A administração chamou de eficaz e eficiente a ação de uma das médicas do Hospital, que evitou a entrada do grupo e um desses espaços, pois considerou que a ação colocaria em risco a saúde dos pacientes. “Em função da ação irresponsável deste grupo, a Prefeitura está fazendo um Boletim de Ocorrência (BO) e entrará com processo contra o grupo via Ministério Público (MP)”, finaliza a nota.
Comissão avaliou fiscalização como positiva
Já na segunda-feira, dia 29, a Comissão de Saúde da Câmara, formada por Cristiano Coller (PDT), Jorge Tatsch (PPS) e Patrícia Beck (PTB), se reuniu para avialiar a fiscalização à casa de saúde. Os membros entenderam que a ação foi positiva.
Presidente da Comissão, Patrícia explicou que cada conselho que acompanhou a medida fará um relatório que será enviado ao Ministério Público. Ela lembrou ainda que a fiscalização começou a ser planejada após uma audiência pública realizada no dia 30 de abril, que teve o objetivo de apurar as denúncias feitas por usuários e funcionários do Hospital. “Não entendemos como desrespeitosa a ação. Pelo contrário, ao fiscalizar os serviços públicos, respeitamos a população. Pacientes e funcionários, inclusive, vieram falar com a gente”, pondera a vereadora. “Também temos grande respeito pelos funcionários. Sabemos que estão sobrecarregados.”
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