top of page

Doando Vidas: Transplante de medula óssea é esperança de pacientes com leucemia

  • Foto do escritor: Jornal Canudos
    Jornal Canudos
  • 24 de jun. de 2015
  • 3 min de leitura

63c916658d9b6cd0b8700fca621e15d9.jpeg

Na terceira reportagem da série especial do Jornal Canudos sobre doações, o tema é a medula óssea, ainda um tabu para muito gente. Pra começar: você sabe o que é? Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos. É aquilo que a gente chama de “tutano”. E é esse elemento que salva muitas vidas, especialmente de pessoas com leucemia ou outras doenças no sangue.

Acontece que é na medula óssea que são produzidos os componentes do sangue,

como os glóbulos vermelhos e brancos, que transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico e as plaquetas.

Quem precisa de transplante de medula óssea?

Embora a leucemia seja a mais conhecida, o transplante é indicado no caso de diversas doenças do sangue como a anemia aplástica grave, mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda. No mieloma múltiplo e linfomas, o transplante também pode ser indicado.

O que é o transplante de medula?

Consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.

Como doar?

O primeiro passo é se cadastrar num hemocentro, doando 10 ml de sangue para análise. Em Novo Hamburgo há o Banco de Sangue, que funciona no Hospital Regina, na Av. Doutor Maurício Cardoso, 711, em Hamburgo Velho. Em média, dois meses após o cadastro os dados estarão disponíveis no Registro Nacional de Doadores de

Medula Óssea (REDOME).

Depois do cadastro, o jeito é esperar até que a medula tenha compatibilidade com a de alguém que precise de um transplante. Isso pode demorar ou mesmo nunca chegar, já que a chance de encontrar um doador é em média de 1 em 100 mil. Se o sistema encontrar um paciente compatível, eles entrarão em contato para colher uma nova amostra de sangue e confirmar a compatibilidade.

Se isso se confirmar, o doador é chamado para realizar uma avaliação médica do seu estado de saúde, e alguns exames serão feitos. Se tudo estiver ok, o médico explicará o tipo de coleta que será feita.

Há duas maneiras de coletar medula óssea. A primeira é através do osso da bacia. Com uma agulha na região da nádega, o procedimento dura 60 minutos e é feito com anestesia. O doador fica um dia em observação após o término do procedimento. Como efeito da doação, os doadores sentem dor no local da inserção da agulha semelhante a de uma injeção de benzetacil, ou a uma queda num jogo de futebol, que regride em uma semana.

O segundo modo é a coleta pela veia: o doador toma um remédio durante cinco dias para aumentar a produção de células-mãe, no sexto dia as veias do doador estão cheias de células -mãe. O sangue pode ser filtrado por uma máquina que retira as células-mãe e devolve as células do sangue para as veias. Em geral, o processo de coleta dura de 4 a 6 horas. O efeito colateral do medicamento são dores no corpo, como as de uma gripe, mas sem espirrar. As dores passam com um analgésico.

O que é preciso para doar?

- Pessoas entre 18 e 55 anos com boa saúde. Pessoas que já tiveram câncer ou que tem HIV e Hepatite C não podem doar.

Hospital Regina vai abrigar Centro de Referência e Medula Óssea

Na semana passada, a direção do Hospital Regina confirmou que a entidade vai abrigar o quarto Centro de Referência de Medula Óssea no Rio Grande do Sul. A obra para formar o centro irá reestruturar a ala das Tulipas do Hospital Regina.

Por enquanto, o atendimento será apenas particular, mas a diretora Josiane Kremer afirma que há uma motivação para estender algumas vagas ao SUS. “Mas não temos nenhuma data, precisamos estudar essa ideia”, explica.


 
 
 

Comments


bottom of page