top of page

Tudo sobre doação de órgão ainda em vida

  • Foto do escritor: Jornal Canudos
    Jornal Canudos
  • 16 de jun. de 2015
  • 3 min de leitura

401449-A-doação-de-órgãos-é-um-ato-de-amor.-Cópia.jpg

Apesar de vivermos a era da informação, ainda existe uma névoa que cerca o assunto da doação de órgãos. O assunto é desconhecido por muitos, e em função disso, muitas vidas deixam de ser salvas diariamente. Na semana passada falamos da doação após a morte. Mas você sabia que existem alguns órgãos que podem ser doados em vida?

Claro, a possibilidade de compatibilidade é pequena. Por isso, geralmente a doação em vida acontece entre familiares, mas há exceções. Aliás, o parentesco entre doador e receptor é uma das especificações para se doar. Mas como acontece essa doação?

O primeiro passo necessita de um médico. É ele quem vai avaliar a história clínica do doador e do receptor. Isso inclui doenças anteriores, saúde geral da pessoa e saúde dos órgãos. A compatibilidade sanguínea é primordial, em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso. Os doadores vivos são aqueles que doam um órgão duplo ou um tecido, para que se possa ser transplantado em alguém de sua família ou amigo. Este tipo de doação só acontece se não representar nenhum problema de saúde para a pessoa que doa.

O que é preciso para doar em vida?

-Ser um cidadão juridicamente capaz;

- Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais;

- Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e após a doação;

- Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo e que não impeça o organismo do doador continuar funcionando;

- Ter um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante;

- Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só poderá ser feita com autorização judicial.

Quais órgãos e tecidos podem ser doados?

- Rim;

- Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);

- Fígado (apenas parte dele, em torno de 70%);

- Pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais).

- Pâncreas

O que diz a Lei brasileira de transplante?

A Lei que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante é a Lei 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, posteriormente alterada pela Lei nº 10.211, de 23 de março de 2001, que substituiu a doação presumida pelo consentimento informado do desejo de doar. Segundo a nova Lei, as manifestações de vontade à doação de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, após a morte, que constavam na Carteira de Identidade Civil e na Carteira Nacional de Habilitação, perderam sua validade a partir do dia 22 de dezembro de 2000. Isto significa que, hoje, a retirada de órgãos/tecidos de pessoas falecidas para a realização de transplante depende da autorização da família. Sendo assim, é muito importante que uma pessoa, que deseja após a sua morte, ser uma doadora de órgãos e tecidos comunique à sua família sobre o seu desejo, para que a mesma autorize a doação no momento oportuno.

Organizações de Procura de Órgãos (OPO)

As Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) como atribuição principal organizar a logística da procura de doadores de órgãos e tecidos nos hospitais localizados na sua área de atuação que são definidos por critérios geográficos e populacionais sob a gerência da Central de Transplantes, e do Sistema Nacional de Transplantes.No Rio Grande do Sul existem 7 OPOs. São elas:

OPO 1 - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - (51) 3214.8080

OPO 2 - Hospital São Lucas PUC/RS-Porto Alegre - (51) 3320.3000

OPO 3 - Hospital Nossa Senhora Pompéia- Caxias do Sul- em implantação - (51) 3028.1457

OPO 4 - Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo - (54) 3316-4000

OPO 5 - Hospital Santa Casa de Caridade de Rio Grande - (53) 3233-7100

OPO 6 - Hospital Bruno Born – Lajeado - (51) 3714-7500

OPO 7 - Instituto de Cardiologia- Porto Alegre- equipe de retirada de órgãos abdominais- em implantação - (51) 3230-3600


 
 
 

Comments


bottom of page