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Prof°. Denardin: É justo isso?

  • Coluna
  • 16 de jun. de 2015
  • 3 min de leitura

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Estamos vivendo um dos piores momentos da economia brasileira. Como já havíamos previsto lá em novembro, a crise irá se intensificar sim, sem perspectiva de melhora em curto e médio prazo, e os sinais são bastante claros de que isso irá acontecer, se não, vejamos:

- A inflação vem aumentando insistentemente, no inicio do ano a projeção oficial do Banco Central era de uma inflação para este ano de 6,5%, já estamos em 8,43% e subindo, devendo fechar o ano em torno de 10%;

Uma inflação desta ordem é bem pior do que a que havia antes do plano real, pois naquela ocasião existia, para os que não lembram, algo chamado de correção monetária, que repunha, pelo menos em parte, o que a inflação tinha solapado em termos de poder aquisitivo. Hoje isso não mais existe, e o impacto do aumento de preços é direto no bolso dos assalariados e aposentados, sem falar das perdas decorrentes de quem tem suas reservas em poupança e títulos associados a rendimentos fixos.

Como os salários e aposentadorias são corrigidos apenas anualmente e a perda de poder aquisitivo é imediata, acontece o que vem acontecendo, as pessoas deixam de consumir fazendo com que as fábricas produzam menos.

- A meta do PIB que é o somatório de tudo que é produzido em bens e serviços era de 1,5% positiva, as projeções já sinalizam para mais de 1% negativa e continua caindo.

Queda esta em função da falta de consumo, pois o consumidor, tendo menos dinheiro, posterga as suas compras, pois além de não ter dinheiro, seu crédito está cada vez mais caro, em função da alta da taxa de juros que o governo vem, erroneamente, fazendo em elevar na tentativa de conter a inflação, quando deveria baixar a taxa de juros oficial, a Selic, para tentar manter o nível de consumo.

- A taxa Selic passou, em dois anos, de 10% ao ano, para 13,75%, isso é como dar um tiro no próprio pé, pois o governo é o maior devedor na economia através dos títulos público que constituem na dívida interna, e o governo não pensa em reduzir;

Os bancos são os maiores compradores de títulos públicos, os quais o governo enfia goela a baixo dos bancos, para poder obter dinheiro para poder financiar seus programas de investimentos e assistencialistas, coisa que não está conseguindo mais fazer, pois a dívida interna está no seu limite e nem sequer está conseguindo rolar a sua dívida, que estava em 387 bilhões ao final do governo Fernando Henrique e que hoje está em 2,4 trilhões de reais.

E quais as consequências disso? O governo não tem dinheiro pra pagar as empreiteiras que estão demitindo em massa e não fazendo obras novas. Aliás, não são só as empreiteiras que estão demitindo, o setor privado também “como nunca se viu na história deste País”, como diria um certo barbudo. E os bancos elevam os juros de seus empréstimos para cobrir o que o governo não paga. E aí bancos, como o HSBC, que é o maior banco do mundo, resolvem se mandar do Brasil.

Somos nós consumidores é que pagamos esta conta, através de taxas escorchantes para os bancos e aumentos de impostos, como vem ocorrendo, ao governo para tapar seu buraco de caixa.

Aí eu pergunto: é justo isso? Foi pra isso que o povo foi às ruas? A situação é no mínimo preocupante, e é pra todos, pois dessa nem rico escapa!

 
 
 

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