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Doar órgãos é mais fácil do que parece

  • Foto do escritor: Jornal Canudos
    Jornal Canudos
  • 9 de jun. de 2015
  • 3 min de leitura

A morte é sempre um assunto delicado. Para alguns, um momento triste, de comoção. Para outros, uma despedida, uma partida. A única coisa certa é que ela vai chegar para todos nós. Mas já pensou que você pode fazer o bem mesmo após a sua morte? Isso é possível através da doação de órgãos.

A doação permite salvar vidas, devolver funções do corpo, prolongar o tempo de alguém, enfim, as possibilidades são imensas. Então, o que é preciso para doar?

A primeira coisa é querer ser doador. Mas como essa vontade não pode ser manifestada após a morte, o próximo passo é informar a sua família e deixar expressa a sua vontade. Um familiar deve se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.

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Uma coisa importante de saber é que a doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte do seu cérebro, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.

Quando o cérebro morre, isso inclui o tronco cerebral que desempenha funções vitais como o controle da respiração. Assim, a parada cardíaca é inevitável. Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados para a doação enquanto ainda há circulação sanguínea irrigando-os, ou seja, antes que o coração deixe de bater e os aparelhos não possam mais manter a respiração do paciente. Mas se o coração parar, só poderão ser doadas as córneas.

Quero ser um doador de órgãos. O que posso doar?

- Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);

- Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);

- Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas);

- Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);

- Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);

- Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);

- Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);

- Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);

- Pele;

- Valvas Cardíacas.

Quem recebe os órgãos e/ou tecidos doados?

Quando o potencial doador efetivo é reconhecido, a central de transplantes é comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos com informações de quem está esperando um órgão. A escolha do receptor será definida de acordo com a ordem da lista de espera que leva em consideração: a compatibilidade entre o doador e o receptor, o tempo de espera e a urgência. Na próxima semana falaremos sobre doação de órgãos ainda em vida.


 
 
 

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