“Greve continua por tempo indeterminado”, dizem servidores municipais
- Jornal Canudos
- 12 de mai. de 2015
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Desde a segunda-feira, dia 4, os servidores municipais estão em greve. E por enquanto, não há previsão para ela acabar. Já os professores estão em greve desde a quarta-feira, dia 29 de abril. Segundo a presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindiProf NH), Andreza Formento, professores de 90% das escolas aderiram à greve.
A greve dos servidores foi aprovada em assembleia dos sindicatos. Na sessão de quarta-feira, dia 6, na Câmara de Vereadores, os representantes das classes usaram a tribuna para criticar a proposta do Executivo municipal de parcelar o dissídio dos servidores. A proposta, que foi encaminhada ao legislativo e deve ser votada em breve, prevê 5% de reposição em abril e 3,41% em novembro.
Em sua fala, Andreza falou também das dificuldades dos professores em exercer a sua profissão. A presidente citou diversos problemas das escolas hamburguenses, como quedas de luz devido a fiação antiga, falta de professores, falta de refeitório, de quadra de esportes, de lâmpadas, de internet e de papel higiênico, goteiras, infestação de ratos e de cupim, salas sem janelas, ventiladores estragados e laboratórios fechados. “A educação e os servidores pedem socorro.” Por fim, ela pediu que os vereadores sejam parceiros da categoria.
Já o presidente do Grêmio Sindicato dos Funcionários Municipais (GSFM), Waldeci Dornelles, salientou que a pauta de reivindicações da entidade tem 14 itens, e que não foi possível avançar em nenhum deles, além do primeiro, que é a reposição salarial. Mesmo assim, criticou a proposta da Prefeitura, e afirmou que ela é ilegal. Dornelles leu a lei orgânica municipal que trata do dissídio do funcionalismo, e explicou que a reposição salarial deve ser no mínimo igual à inflação do período.
O presidente ressaltou que a greve se faz necessária. “Nenhum funcionário público gosta de fazer greve. Ninguém, quando presta concurso, pensa em fazer greve. A greve é a última opção dos servidores para reivindicar os seus direitos”, lembrou. O servidor ainda fez um relato sobre a Comusa. “Estive na Comusa esta manhã, às 7h, e os funcionários que aderiram a greve estão recebendo o dia como falta. A greve é um direito garantido por lei”, apontou.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, não há nenhuma ordem para que os grevistas recebam falta e esclareceu que o que pode estar acontecendo é que os servidores não estão batendo os pontos. Ainda segundo a assessoria, os grevistas devem bater o ponto na chegada, em horário normal, ao meio-dia, ao saírem para o almoço, no retorno do almoço e no fim do dia.

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